Marisa Monte fez show cheio de graça e poesia
De volta ao Recife para duas apresentações da turnê “Verdade, uma ilusão”, Marisa Monte subiu ao palco do Teatro Guararapes, nesta noite, com pouco mais de meia hora de atraso, o que não tirou em nada o brilho de todo o espetáculo. Ela mostrou o que o público pernambucano já está acostumado e um pouco mais. Dançou, tocou e encheu o palco com graça e leveza em uma apresentação cheia de poesia.
Quando sua entrada foi anunciada, a plateia, que já estava eufórica, ficou ainda mais. Marisa entrou coberta por projeções e iluminação especial, o que, durante todo o show, culminou em um espetáculo visualmente lindo e convidativo. O acompanhamento de instrumentos de corda, formando praticamente uma mini orquestra, ofereceu a elegância e sutileza que uma apresentação tão cheia de detalhes e sentimentos pedia.
Blanco foi a música escolhida para abertura, e o público começou a cantar junto desde então. As primeiras palavras da canção foram acompanhadas de gritos e palmas, que se estenderam a praticamente todos os outros momentos da apresentação. Em seguida, cumprindo o repertório prometido, O que você quer saber de verdade, Descalço no parque, Arrepio e Ilusion.
A música Depois, feita com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, grandes parceiros da cantora, foi um dos pontos altos da apresentação. Amar alguém, Diariamente e Infinito particular vieram logo na sequência.
Consagrada na voz de Cássia Eller, ECT, de Marisa, Nando Reis e Brown, foi, sem dúvida, o ponto de partida para um espetáculo com ainda mais força. Além de cantar, ela sentiu e interpretou a música, que antecedeu uma declaração de respeito e admiração: “Eu quis cantar essa música porque eu adorava a Cássia Eller. Eu fui muito feliz, ela gravou essa e outra música minha, a gente era muito amiga, e ela também era uma referência muito importante para mim como cantora. Há quem diga que sentir saudade não é quando a gente sente a falta de alguém, a saudade é bem mais quando a gente sente a presença de alguém. Salve Cássia!”, disse e recebeu do público aplausos calorosos.
Dizem, Para ver as meninas e Sono come tu mi vuoi, músicas que entraram recentemente no repertório da turnê, tiveram ótima aceitação do público. Acompanhada ou não do violão, Marisa provou que, muito mais do que uma excelente compositora, ela é artista completa, visceral, para não se colocar defeito.
Ainda bem, Verdade uma ilusão e A sua seguiram a ordem e antecederam uma música que marcou a vida de muita gente: Velha Infância. Gentileza, Eu sei e Não vá embora marcaram o fim da apresentação e início do bônus, que trouxe uma surpresa cheia de pernambucanidade. É que, além de Amor I love you e Já sei namorar, canções já previstas, Marisa fez um pout pourri de Eu sou Lia e Maracatu Atômico, cantadas pelo público de pé.
Todas as músicas foram acompanhadas de projeções com obras de artistas brasileiros e contemporâneos. Entre eles, o pernambucano Jonathas de Andrade. Se Marisa promoveu um espetáculo cheio de verdade, o público não deixou por menos, fez questão de demonstrar o carinho e admiração pela cantora, que retribuiu na mesma intensidade e respeito. Confira quem passou por lá:
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