Cariocas dão show, literalmente, no carnaval de Olinda
Por Rosália Vasconcelos
Que O Rappa é uma banda versátil, todo mundo que conhece já sabe. Pelo menos há três anos, os cariocas se apresentam no carnaval de Pernambuco e se mostram páreo duro para Alceu Valença, atraindo uma multidão, seja em show aberto no Marco Zero, ou em festa privada, como foi nesta segunda no camarote do Carvalheira da Ladeira.
A banda de rap/rock/samba, como se definem, mostrou mais uma vez que nem só de frevo e maracatu vive a Festa de Momo. Ecletismo é a palavra de quem gosta de folia ao som de boa música. O grupo abriu o show com Hóstia, do álbum 7 Vezes e puxou um coro uníssono ao tocar Súplica Cearense, My Brother, Monstro Invisível, Cruz de Tecido e Meu Mundo É o Barro, todas de discos menos recentes de O Rappa. O público se mostrou menos empático com os hits do álbum mais novo do grupo, Nunca Tem Fim, como Boa Noite Xangô, Fronteira e Anjos.
Mas o que dizer de um Falcão (vocalista de O Rappa) que, em meio à sua apresentação, abre espaço para bonecos gigantes de Olinda e para o samba do Revelação?. “Para quem está na pilha para curtir a folia de um jeito diferente”, proclamou Falcão.
Diga-se, aliás, que cariocas fizeram bonito hoje em Olinda. Antes de O Rappa, subiram ao palco do Carvalheira na Ladeira os meninos do Baile do Sapucapeta. Eles adiantaram pro blog que em agosto deste ano gravam o próximo DVD ao vivo, em Brasília, após quatro anos. No setlist, Leandro Sapucahy garantiu o dançante hit Missa Favela.