Leonardo Cavalcanti e Juliano da Natividade compartilham o amor com seus ‘filhos pet’: “Foi coisa de destino”
“Quando a gente sai de casa, a gente fica preocupado. Quando deixamos eles sozinhos também. Estamos sempre com atenção para remédios, passeios e conforto. Quando vamos fazer algo, queremos sempre incluir eles também”. “A gente não consegue pensar a vida sem eles, entendeu?”. Este é um relato comum à maioria dos pais e mães e não é diferente para Juliano da Natividade e Leonardo Cavalcanti. Os dois estão sempre com a mente em Frederico e Balthazar, seus filhos. Mas, no caso deles, os filhos têm quatro patas e são peludos. Leonardo e Juliano são “pais de pets”.
O casal, que está junto há três anos, mora há um ano e meio no Recife. Leonardo, 33 anos, é gerente comercial e nasceu no Rio de Janeiro, enquanto Juliano, de 27, é DJ, de Florianópolis. A “paternidade” dos dois começou no dia 13 de dezembro do ano passado, quando estavam chegando em casa, no bairro de Boa Viagem. “Nós estávamos voltando da academia à noite e, quando chegamos, o porteiro estava resgatando dois filhotes. Alguém colocou eles dentro de uma caixa e jogou pra dentro da garagem quando o portão abriu”, conta Leonardo.
O funcionário do prédio iria deixar os filhotinhos na casa de máquinas do condomínio para que, no outro dia, eles fossem levados até uma ONG. “Mas a gente não quis deixar eles lá por causa do barulho e do calor. Acabamos trazendo eles para casa, só pra passarem a noite… E acabaram ficando. Foi paixão à primeira vista”, relembra.
A chegada de Fred e Balthazar, que hoje têm cerca de 11 meses, assim como qualquer filho, mudou em tudo a rotina do pais. “Antes era só nós dois e agora tem toda uma responsabilidade de acordar para passear com eles, tem que escovar os dentes todos os dias antes de dormir, dar ração… E eles dormem junto com a gente”, explica Juliano. “A gente tinha todo um cuidado com a casa e hoje eles já sobem no sofá, já arrancaram papel de parede, já roeram a parede, a mesa! Todas essas coisas que cachorro faz”, conta se divertindo. “Ficamos felizes de terem mudado nossa vida. Sabe-se lá onde eles estariam agora ou onde eles viviam”, conclui.
Apesar de serem irmãos e terem sido criados juntos, os pets têm personalidades diferentes e bem definidas pelos pais. “O Fred é mais ‘na dele’, mais fechado, a gente brinca que ele é um ‘rapaz sério’. O Balthazar já é mais bobão, já sorri mais fácil… Mas ao mesmo tempo, o Fred é mais amigável com as pessoas, enquanto o Balthazar é mais arredio. Ele late para outros cachorros, não confia muito nas pessoas. Mas eles são bem brincalhões”, se derrete Juliano.
Para eles, a única diferença entre um “filho humano” e um “filho pet” é a escola, que os cachorros não precisam frequentar. “No mais, é a mesma coisa. Tudo que um filho humano dependeria de um pai, eles dependem da gente”, fala Leonardo. Para o futuro, o casal pensa ainda em ter mais animais em casa. “A única discordância é que o Juliano quer ter ‘filhos humanos’ e eu não quero”. “Queremos ter mais cachorros quando tivermos mais espaço em casa e também disponibilidade de tempo para cuidar deles. E filhos… eu pretendo sim, mas é um longo caminho. Vai ser uma escolha lá para o futuro”, comenta Juliano.
A relação de Leonardo e Juliano com os pets não poderia ser melhor e o amor dos quatro é “incondicional”. “Eles alegram bastante nossos dias. É um pouco cansativo, confesso, mas tudo compensa pelo amor que eles transmitem pra gente”, diz Juliano. “Não tem coisa melhor que você chegar em casa e ser recebido com uma ‘abanada de rabo’, eles dois vindo ao seu encontro e mostrando todo o amor. Foi coisa de destino a gente ter encontrado eles dois”, completa Leonardo.
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