Thiago Costa fala sobre a carreira e projetos futuros

Thiago Costa - Crédito: Gabriella Autran/DP/D.A Press

Thiago Costa – Crédito: Gabriella Autran/DP/D.A Press

Aos 29 anos, Thiago Costa, filho do sertanejo Leandro, da dupla Leandro & Leonardo, vive, neste ano, o lançamento da sua carreira solo. Ele está no Recife para show no São João Infinito, que acontece amanhã, na Arcádia Apipucos.

No meio musical, ficou conhecido em 2002, quando fazia dupla com seu primo Pedro, filho de Leonardo, parceria desfeita há pouco tempo, quando Pedro sofreu acidente de carro e passou um tempo parado. Depois da recuperação, veia a notícia de que não queria mais se dedicar à carreira de cantor, decisão que fez Thiago pensar, e, agora concretizar, o início de um trabalho solo.

Depois de morar 11 anos em São Paulo, ele voltou para Goiânia, onde cuida dos negócios da família, ligados a fazendas. De volta aos palcos, Pedro acompanha o movimento da música sertaneja atual, mas, enfatiza, é preciso ter personalidade. Ele esteve na manhã desta sexta-feira, na sede dos Diários Associados, para uma entrevista exclusiva:

Pedro e Thiago - Crédito: Divulgação da dupla

Pedro e Thiago, quando ainda formava dupla sertaneja – Crédito: Divulgação da dupla

Com o que você trabalhava na época em que Pedro estava doente?

Eu trabalho com fazenda. Inclusive, nós temos uma em Goiás. Cuido de gado, trabalho com soja, então a fazenda acaba ocupando grande parte do meu tempo, mas nunca parei  de pensar em música. A música sempre esteve no sangue, mas acabei fazendo outras coisas paralelas também.

Como você encarou a ideia de uma carreira solo?

As coisas acabaram acontecendo de uma forma que a gente nunca esperou, por causa da fatalidade do acidente. No começo, ele estava empolgado para cantar, mas, depois, acho que ele sentiu que precisava ter um tempo de reabilitação maior, porque ele é um cara muito exigente, é um cara que sempre se dedicou muito à música, então ele sempre prezou pela qualidade, acho que ele pensou que não estava do jeito que queria para seguir. Eu respeitei, claro, mas ainda disse: primo, vai para a segunda voz por enquanto, porque a segunda tem a harmonia mais baixa, mais grave, então não precisaria fazer tanto esforço para cantar. Ele começou a amadurecer a ideia, mas surgiu uma oportunidade em um programa de TV e ele abraçou a ideia. Acho que ele deu uma relaxada, no bom sentido, de cantar. Mas eu sei que, no fundo do coração, ele tem essa perseverança e ele vai voltar a se dedicar e, quem sabe um dia, voltar a cantar profissionalmente.

Defina a música que faz. O que há de novo no projeto?

A gente vai acompanhando a musicalidade, o que está tocando atualmente, ainda mais agora, que eu estou vindo bastante para o Nordeste, para Recife. A pegada aqui é muito mais swing, forró, xote, então a gente acaba trazendo a música sertaneja também, e transita no meio desses outros gêneros. Como agora é solo, o meu timbre é mais grave, mais médio, eu precisei ajustar minha tonalidade, mas o repertório é atual, que a moçada vai gostar, tem as levadas românticas também. Eu gravei cinco músicas, duas românticas e as outras são mais para cima. Acho que é o que a galera vai curtir nos shows. Eu tento gravar coisas de que eu gosto, mas, também, aquelas que o pessoal vai curtir na hora de ouvir, vai gostar da concepção.

Além da sua família, quais são as suas inspirações na música?

Eu sou bem eclético. Se você pegar meu celular agora, vai ver rock, música sertaneja, MPB, jazz, embora não seja muito conhecedor, mas admiro bastante. Eu citaria, desta nova safra, que são os que eu gosto bastante, que têm um repertório bacana: Jorge & Mateus e  Victor & Léo. Das antigas, eu posso citar o Christian & Ralph, na parte de sertanejo. Tem muitos artistas que eu admiro, eu gosto da praia da MPB, Jorge Vercillo, Djavan. Eu vou colhendo o que eu gosto, Roupa Nova, por exemplo. E, lógico, Leandro & Leonardo, foram minha escola. Aprendi a fazer segunda voz com meu pai. É a minha maior referência.

O que o público pode esperar do seu show no Recife?

Preparei um repertório bem conhecido. Estou voltando agora, eu sei de que as pessoas não conhecem meu trabalho novo, então as pessoas podem ficar tranquilas que vai ser um show com repertório totalmente conhecido. Venho cantando músicas dos grandes amigos, do Jorge, tem música de Luan Santanna, Forró Pegado, Dorgival Dantas. Está bem eclético, porque eu sei que a galera daqui é bem exigente e quer dançar, quer curtir. Tem uma pitada de sertanejo antigo, Leandro & Leonardo, relembrando algumas coisas, Pedro & Thiago também, além das minhas músicas novas.

Author: Gabriella Autran

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