Best Western Plus Vivá, em Porto, recebe novo investimento de R$ 40 milhões
Por Bruna Siqueira Campos
(Da coluna Diario Econômico)
Com o dólar ainda proibitivo, os brasileiros têm aproveitado para explorar o turismo da costa nordestina. E a oportunidade de atrair novos visitantes para o Litoral Sul de Pernambuco tem levado os hoteleiros da região a driblarem o discurso de crise para continuar expandindo seus equipamentos. Um dos hotéis de porte internacional que recebe novo investimento é o Best Western Plus Vivá, em Porto de Galinhas. Os aportes chegam a R$ 40 milhões.
Trata-se da primeira expansão do hotel de padrão norte-americano, que até maio de 2017 vai dobrar sua capacidade atual de apartamentos – de 120, passará a 240. Os irmãos e sócios Artur, Otaviano e Maria Helena Maroja também constroem outro prédio para abrigar nova área de lazer: no espaço, vão montar sala de cinema para 40 lugares, lojinhas de conveniência, beer cave (de olho no interesse do brasileiro por cervejas especiais), sorveteria e café.
Como Ipojuca não dispõe de centro de convenções, os empresários também aproveitam para inaugurar, até o fim do ano, nove salas para atender o turismo de eventos, com capacidade total para 1,4 mil pessoas. Artur Maroja, sócio do Vivá e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), explica que o projeto original do empreendimento, inaugurado em 2012, prevê quatro blocos de 120 apartamentos, numa área de 48 mil metros quadrados. “É um projeto para mais de dez anos”, esclarece.
“Muita gente nos pergunta por que decidimos investir agora, com tanta instabilidade econômica e política. Mas estamos há 30 anos neste mercado, temos confiança de que o momento é sazonal. Aproveitamos o momento de baixa para estarmos prontos quando a crise passar”, argumenta o empresário, que também é sócio dos irmãos em outro hotel em Porto, o Solar – o mais antigo do Litoral Sul, também da rede Best Western, com 139 apartamentos.
O fluxo de visitantes de outros países da América do Sul tem ajudado os hoteleiros da região a manterem a ocupação acima de 80% até nesta época, apesar da baixa temporada. Artur e Otaviano Maroja calculam que, atualmente, 20% dos seus hóspedes vêm da Argentina, proporção que tende a aumentar com os dois voos diretos, semanais, operados pela Gol e pela TAM. Neste mês, a Gol estreou ainda uma rota sem escalas do Recife para Montevidéu, no Uruguai, emissor em potencial de turistas, que desperta interesse do trade pernambucano.
Custo da hospedagem – As tarifas do Vivá são flutuantes e variam de acordo com a demanda por reservas. Mas, nesta época, a diária custa entre R$ 400 e R$ 500, até 30% mais em conta do que na alta estação, garante Artur. Além da piscina de padrão de resort, o hotel dispõe de SPA com sauna, piscina aquecida, ofurô e massoterapeutas (o uso das instalações, com exceção da massagem, custa R$ 30). Nas áreas comuns, há sala de jogos, brinquedoteca e academia de ginástica. O hóspede pode optar por meia pensão, incluindo ainda uma das refeições – almoço ou jantar – no valor da diária, além do café da manhã.