Profissionais DogWalkers ganham espaço no Recife

Já pensou em ganhar dinheiro para passear e cuidar de cachorros? Essa profissão dos sonhos existe e é chamada Dog Walking e Petsitter. O primeiro serviço, que surgiu nos Estados Unidos – em 1960, consiste em o proprietário do cão pagar a alguém para buscar o cachorro em casa, passear com ele e voltar. Já o PetSitter, algo como Babá de Bichos, envolve contratar uma pessoa para trocar água, colocar comida, brincar e limpar a caixinha de areia do seu bichinho. Essa atividade já é bem difundida em outros estados do país. No Recife, a oferta desse serviço é bastante tímida, mas vem crescendo bastante. Vamos conhecer a história de pernambucanas que viram nessa profissão uma oportunidade para driblar o desemprego.

Bichos da Lua

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

A estudante de veterinária Luana Pontes, à frente da Bichos da Lua, começou a trabalhar como passeadora e cuidadora de cães apenas por hobby. “Já trabalhei com proteção animal há um tempo e as pessoas sabiam que eu tinha afinidade com os bichos”, relembrou a estudante.  Luana foi cursar Medicina Veterinária em Petrolina, no interior do estado. Lá, no período de um ano e meio, resgatou mais de 50 animais abandonados e os deixou aptos para adoção. De boca em boca, a estudante foi chamada para fazer companhia a cada vez mais aos bichinhos. Nessa experiência, a jovem percebeu que havia uma demanda muito grande pelo serviço e decidiu fazer disso uma fonte de renda. “Procurei muitos cursos de comportamento animal na internet. Até porque cada um tem um temperamento diferente”, contou ela antes de começar o serviço propriamente dito.

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Além de passear com os cachorros, Luana também oferece o serviço de petsitter- babá de animais. Os valores são definidos a partir da frequência da visita ou do passeio e da distância da casa do pet. Além da relação de trabalho, Luana afirma que os clientes se tornam amigos.” É uma relação muito legal porque eles me mandam fotos dos animais em momentos particulares e sempre me mandam notícias deles”. Atualmente, a pernambucana, que estuda e trabalha, está cuidando de quatro animais .

Para ela, a melhor parte desse trabalho é a criação de um laço de amizade com os clientes e os donos. “Antes eu chegava à casa de Chico, um cão diabético, e ele nem queria chegar perto de mim. Hoje em dia, ele me espera na porta para passear. Tem coisa mais legal do que isso?”, questionou.

Coopercão

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Kamilla, Ana Isabela, Ana Beatriz e Rafaela Asfora, irmãs e primas à frente da Coopercão – começaram sua jornada como dogwalkers a partir de um conselho da mãe de Kamilla e Rafaela. As quatro garotas estavam numa fase em que uma estava desempregada e as outras três tinham acabado de passar no vestibular. ” Uma amiga da minha tia morava em São Paulo e disse que lá tinha muitos passeadores, mas que quando ela veio para cá, não encontrava ninguém para passear com seu cão”, contou Kamilla. E a partir dessa necessidade, elas enxergaram uma oportunidade de negócio e criaram uma página na internet para oferecer o serviço: a Coopercão.

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

Credito: Rafael Martins/ Esp. DP- BLOG JOAO ALBERTO

“O nosso treinamento foi de curiosidade mesmo. Fizemos curso online, assistimos a videoaulas, pesquisamos tudo pela internet e nós já criávamos cachorro há muito tempo”, o que explica a afinidade com os amiguinhos peludos. Segundo Kamilla, todo cachorro tem que passear  por uma questão de socialização e saúde. Atualmente, a Coopercão acompanha quatro cães. Para passar confiança, Kamilla Asfora apostou na padronização. Todas as garotas usam uniformes e aceitam parceirias de amigos na cooperativa.”A gente se apaixona muito, passa a não ser uma questão de dinheiro. Não é porque deu minha hora que eu vou ficar  cobrando mais. É apaixonante”, finaliza Kamilla.

Petsitter

Karina Muniz estava desempregada e encontrou na profissão de passeadora de cães e de petsitter não só uma nova fonte de renda como uma experiência para matar a saudade de Mafalda- sua buldogue, de 9 anos, que faleceu há quase um ano e meio. “Comecei a pesquisar a respeito e vi que, aqui no Recife, era muito difícil encontrar esse tipo de serviço. Então conversei com as pessoas que ofereciam essa atividade para saber mais sobre a profissão”, recordou Karina, que viu nessa lacuna uma chance de driblar o desemprego.

Crédito: Arquivo Pessoal

Crédito: Arquivo Pessoal

Dog Walker Boa Viagem

Crédito: Arquivo Pessoal

Crédito: Arquivo Pessoal

Ainda nova no segmento, Alexsandra Anselmo também se lançou como passeadora de cães. Ela, que é dona de dois cachorros, revela um carinho especial por animais. “Percebi que no estado as pessoas não valorizam muito esse profissional e também não entendem que não é só cachorro grande, que mora em lugar pequeno, que precisa passear”. Ela diz que seu trabalho é uma forma de combater o costume de certos donos em deixar os animais sozinhos em casa. “Para mim, essa profissão é uma forma de unir o prazer e ganhar algum dinheiro”, afirmou.

Serviço

CooperCão Recife (Setúbal e Boa Viagem)

 Bichos da Lua (Zona Norte)

Dog Walker Boa Viagem (Apenas em Boa Viagem)

Karina Muniz ( Casa Forte, Casa Amarela, Parnamirim, Poço da Panela, Jaqueira, Aflitos e Tamarineira)

Leia Também:

Pet Friendly: locais que aceitam a entrada de cachorro no Recife 

 

Author: Juliana Freire

Compartilhe este post