Juliana Paes fez aulas de culinária e intensificou sotaque baiano para viver Dona Flor no cinema

Juliana Paes fez aulas de culinária e intensificou sotaque baiano para viver Dona Flor no cinema

Marcelo Faria, Juliana Paes e Pedro Vasconcelos – Crédito: Thayse Boldrini/DP

Juliana Paes foi o centro das atenções, na noite dessa quarta-feira, quando esteve no Recife para lançar o filme Dona Flor e seus dois maridos em sessão somente para convidados no UCI Kinoplex do Shopping Recife. Sem dúvidas, era a mais esperada. Da perigosa Bibi, a artista agora encarna uma mulher da década de 1930, dedicada aos valores morais. “Só me chamam de Bibi agora!”, brincou ao se referir ao fim da novela e a personagem que marcou sua carreira neste ano. 

Cena do filme Dona Flor e seus dois maridos com Leandro Hassum, Juliana Paes e Marcelo Faria – Crédito: Divulgação do filme

É a segunda vez, em cinco anos, que Juliana Paes vive interpreta uma criação do escritor baiano Jorge Amado. Em 2012, a atriz fez Gabriela em um remake da novela que foi ar, originalmente, em 1975. Ao lado do ator Marcelo Faria e do diretor do longa, Pedro Vasconcelos, Juliana conversou com o público, tirou fotos e fez questão de assistir ao filme em uma sala completamente lotada.

Juliana Paes – Crédito: Thayse Boldrini/DP

Para dar vida à personagem Flor, Juliana Paes precisou fazer aulas de culinária baiana e intensificar o sotaque baiano. As gravações aconteceram em julho de 2016, durante cinco semanas, no Pelourinho (Salvador) e no Rio de Janeiro. “As externas no Pelourinho aconteciam entre 23h e 10h, virando a noite trabalhando para que pudéssemos ter o local mais vazio, sob controle. Eu pedi para que os atores lessem apenas o livro, que não vissem nada, que não assistissem nada do que havia sido feito”, contou o diretor Pedro Vasconcelos. “Juliana me dá a descrição exatamente que o Jorge Amado colocou no livro. Eu tenho certeza que ele escreveu pensando nela. Se estivesse vivo, tenho certeza que aprovaria a escolha dela para o papel”, enfatizou o diretor.

A história divertida envolve quem está assistindo na sala do cinema e arrancou várias risadas dos convidados. Ao Blog João Alberto, Marcelo Faria, que interpreta o fogoso Vadinho, contou uma diferença do atual longa em relação ao filme de 1976. “Mostramos neste filme uma coisa, que no outro não conta, que é o Vadinho vivo, quando namorava Flor, mostrando como eles se conheceram e o casamento”. Marcelo aparece diversas vezes em cena totalmente sem roupa, algo que já estava acostumado a fazer durante anos com a peça em cartaz nos teatros de todo o Brasil – já apresentada no Recife. Juliana, por sua vez, deixa os seios à mostra em takes sensuais. “Viver uma obra de Jorge Amado é sempre um grande prazer. Ele adjetiva muito o universo dele e os personagens. Fiquei muito feliz com o resultado. Acredito que a sociedade que a gente vive é tão machista, mas conquistamos muitos avanços. Existe uma batalha muito grande ainda”, disse Juliana. O filme entra em cartaz nos cinemas de todo o país no dia 2 de novembro.

Author: Thayse Boldrini

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