Seis mil baratas de plástico chamaram atenção em intervenção na rua

Foto: Letícia Sabbatini/Divulgação

A performance do coletivo És Uma Maluca, que encerraria a exposição Literatura Exposta,  fazendo referências à tortura durante a ditadura militar no Brasil, foi apresentada ontem, na rua, em frente à Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Os integrantes do coletivo haviam sido informados da proibição pela Secretaria Estadual de Cultura do Estado e, em nota, o órgão alegou que a performance não estava prevista no contrato firmado.

Foto: Letícia Sabbatini/Divulgação

Pelas redes sociais, os integrantes do coletivo convocaram para uma manifestação contra a censura. A atriz Juliana Wähner foi coberta por 6 mil baratas de plástico, deitada no chão, próxima a um bueiro. Ela interagiu com a instalação A Voz do Bueiro é a Voz de Deus, que já havia sido censurada em dezembro. Durante o ato, uma caixa de reproduzia diversas falas do presidente Jair Bolsonaro.  Na proposta original do grupo, segundo reportagem da Folha de São Paulo, milhares de baratas de plástico se espalham por cima e ao redor de um bueiro instalado sobre azulejos, no piso da instituição. Do mesmo buraco também sairia a voz do presidente Jair Bolsonaro, porém o diretor da Casa-França, Jesus Chediak proibiu o uso de discursos de Bolsonaro. Uma receita de bolo entrou em seu lugar. A proposta da exposição era apresentar criações baseadas em textos de escritores considerados periféricos.

 

Author: Thayse Boldrini

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