Prêmio do Big Brother deveria estar em R$ 3 milhões, se seguisse a inflação atual

Créditos: TV Globo/Divulgação

Por mais um ano, o sister ou brother campeão do reality levará R$ 1,5 milhão para casa. O presente, que foi reajustado duas vezes ao longo dos 20 anos do programa, se investido de maneira estratégica, promete mudar a vida dos participantes. Mas, desde a última mudança — que aconteceu há 12 anos — na recompensa oferecida aos vencedores do Big Brother Brasil, o poder de compra deles com o agrado caiu, e muito. De 2010 para cá, o ajuste real pelo IPCA do montante seria de 104%. Assim, o prêmio deveria ser, hoje, de cerca de R$ 3 milhões, se reajustado pela inflação no período. Com o acúmulo da inflação ano após ano, o prêmio é considerado defasado mesmo em relação aos R$ 500 mil embolsados pelo primeiro campeão do “BBB”, Kleber Bambam. Para equivaler à quantia recebida pelo dançarino, a recompensa atual deveria ser de R$ 1,7 milhão, já que o reajuste real pelo IPCA seria de 240%, segundo calculou Claudio de Moraes, professor de Macrofinanças e Banking do Mestrado em Economia e Gestão Empresarial da Universidade Candido Mendes (UCAM).

Ele afirmou que o crescimento da inflação afeta diretamente o valor do prêmio do programa: “A inflação ainda é um dos fatores que mais atrapalha o desenvolvimento econômico do Brasil. Mesmo que não atinja os níveis anteriores ao plano real, nesses mais de 20 anos, desde o surgimento do “BBB”, a inflação cresceu 240%. Pra entender como isso funciona na prática, basta multiplicar o valor de qualquer bem por 3,4. Por exemplo, um carro que em 2001 valia R$ 20 mil, corrigido pela inflação valeria R$ 68 mil”, explica Claudio. 

Em 2005, quando o prêmio foi reajustado pela primeira vez, houve aumento real. O ajuste pelo IPCA seria de 33%, ou seja, para o vencedor da edição ter o mesmo poder de compra que Bambam ele precisaria receber R$ 665 mil, mas ganhou R$ 1 milhão. Em 2010, o reality show subiu novamente a recompensa oferecida, para a quantia praticada até hoje. Para continuar com o mesmo valor da estreia, o ajuste deveria ser de 68%, para R$ 840 mil, mas foi para R$ 1,5 milhão. Os cálculos foram divulgados pelo canal GLOBO e foram feitos por Claudio de Moraes.

Author: Marcela Nunes

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